Esse artigo faz uma breve avaliação do cenário político-educacional no Brasil a partir de “insights” da história bíblica encontrada no livro de Ester, e de comparações com o que tem acontecido com a educação religiosa-confessional em outros países que também enfrentaram a ameaça socialista-comunista. Esse material foi escrito às vésperas do pleito presidencial de 2018, quando publicamos a primeira parte. Se ainda não leu a parte 1, clique aqui. Pela graça de Deus, tivemos quatro anos de liberdade religiosa e educacional, inclusive com avanços consideráveis para o homeschooling e para o ensino confessional. Mas creio que chegou o momento apropriado e urgente para meditarmos no final da História do Livro de Ester, na esperança de que ele direcione e encoraje o seu povo hoje como fez no passado.
O Segundo Pedido de Ester
O primeiro pedido de Ester, a qual, na nossa parábola, simboliza a educação cristã, foi que orassem por ela. E assim, não sem muitos dias de hesitação e oração (na verdade quase quatro anos se passaram), venho aqui fazer um pedido a nossos leitores cristãos: que nos estendam o bordão e nos permitam fazer nossa petição. Não é por vontade própria que arriscamos a nossa reputação e a vossa confiança, entrando aqui nessa côrte política, que sabemos que tem causado conflitos entre educadores e governantes, e mesmo divisões entre o povo de Deus. Como nos seria mais agradável, assim como o era para a rainha Ester, continuar no castelo da nossa própria vida familiar, cuidando dos próprios afazeres, e ignorar as novas leis e os intentos dos que têm sede de possuir o tão desejado e poderoso anel do rei.
Estamos aqui nessa corte, assim como Ester, não por vontade própria, mas como constrangidos a fazer o que está a nosso alcance para salvar algo muito mais precioso do que nós mesmos: o futuro do povo de Deus e dos filhos da aliança. Faço minhas as palavras da rainha a você, nosso leitor (e eleitor):
Minha petição e desejo são o seguinte: se achei favor perante o rei, e se bem parecer ao rei conceder-me a petição e cumprir o meu desejo, venha o rei com Hamã ao banquete que lhes hei de preparar amanhã, e, então, farei segundo o rei me concede.
Assim, o segundo pedido de Ester foi que o Rei e Hamã a ouvissem no dia seguinte. Se você, leitor, prova sua consideração por este tema da educação cristã dos filhos da aliança ao se fazer presente nesse segundo banquete, por favor continue lendo e se prepare para ouvir o meu terceiro pedido, urgente e importante, em nome da educação confessional cristã.
O Papel da História numa Noite Perturbada
Naquela noite, o rei não pôde dormir; então, mandou trazer o Livro dos Feitos Memoráveis, e nele se leu diante do rei. Achou-se escrito que Mordecai é quem havia denunciado a Bigtã e a Teres, os dois eunucos do rei, guardas da porta, que tinham procurado matar o rei Assuero. Então, disse o rei: Que honras e distinções se deram a Mordecai por isso? Nada lhe foi conferido, responderam os servos do rei que o serviam.
Perguntou o rei: Quem está no pátio? Ora, Hamã tinha entrado no pátio exterior da casa do rei, para dizer ao rei que se enforcasse a Mordecai na forca que ele, Hamã, lhe tinha preparado.
Planos terroristas e violentos estão sendo tramados à meia-noite contra inocentes. Mas parece que a maioria das pessoas ainda não compreendeu o que está acontecendo. Em alguns minutos, ao raiar do dia, o plano de Hamã será revelado e ele acredita que obterá a permissão do rei.
Estamos nesta noite, não estamos? Todos estamos inquietos e preocupados, entre “um banquete e outro”, ou entre “uma eleição e outra”, ou mesmo entre “um turno e outro”. Ester não deve ter dormido bem, orando e pensando como denunciaria ao Rei o plano de Hamã. Hamã também não deve ter dormido bem, pois passou a noite supervisionando a construção da forca e tramando como conseguiria a autorização do rei para enforcar Mordecai. Mordecai, embora tivesse plena confiança no poder de Deus “Socorro nos virá de outra parte…”, certamente deve ter passado tempo em oração e jejum pelo plano de Ester.
Mas Deus estava agindo, aquele que controla o coração dos reis e dos príncipes. Embora alheio a tudo o que estava acontecendo naquela noite, o rei também não conseguia dormir. E, mesmo sem o nome de Deus ser mencionado, vemos a sua ação tanto na insonia do rei, como ao trazer à sua mente o desejo de ler livros, de ouvir a História, a História que revela os caráter dos homens e de seus planos e agendas, bons e maus.
Deus usou a leitura da história para revelar o caráter, os planos e os atos de personagens bons e maus, e isso permitiu que o Rei tomasse providências acertadas pela manhã. Tanta coisa pode mudar em uma noite, se Deus permitir que as pessoas descubram a verdade revelada na História. Por isso resolvemos contar essa história dupla, tanto do livro de Ester, como do que acontece com a educação cristã quando regimes totalitários tomam o poder.
O Terceiro Pedido de Ester
Veio, pois, o rei com Hamã, para beber com a rainha Ester. No segundo dia, durante o banquete do vinho, disse o rei a Ester: Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. Que desejas? Cumprir-se-á ainda que seja metade do reino. Então, respondeu a rainha Ester e disse: Se perante ti, ó rei, achei favor, e se bem parecer ao rei, dê-se-me por minha petição a minha vida, e, pelo meu desejo, a vida do meu povo. Porque fomos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e aniquilarem de vez; se ainda como servos e como servas nos tivessem vendido, calar-me-ia, porque o inimigo não merece que eu moleste o rei.
Meu desejo? A vida do meu povo. “Porque fomos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e aniquilarem de vez; se ainda como servos e como servas nos tivessem vendido, calar-me-ia, porque o inimigo não merece que eu moleste o rei”.
Meu pedido é nada mais, nada menos que a minha vida: A existência da própria educação cristã, seja em escolas confessionais, seja no homeschooling, e a existência de blogs e sites como este; enfim: a possibilidade de oferecermos no Brasil uma educação distintamente cristã para os nossos filhos.
Estamos vivendo dias tensos, irmãos. O ódio, os planos malignos contra o povo de Deus tem se materializado em uma ameaça declarada de destruir a fé cristã e aniquilar de vez os filhos da aliança dentro do cenário educacional. Sim, já éramos servos e servas do humanismo secularista, vendidos aos parâmetros do marxismo e do pós-modernismo presentes no currículo e livros didáticos impostos pelo governo pagão. Mas,como o assunto é delicado, não molestaríamos ou correríamos o risco de causar problemas e divisões entre o povo de Deus nessas terras de exílio, já que muitos de nós, educados nessas universidades babilônicas e persas, nem sequer percebemos o quanto estamos vendidos para outra fé, e o quanto as nossas mentes e as de nossos filhos estão cativas à ideologias que, em seus princípios, contrariam o Deus de Israel. Mas o cenário se agravou rapidamente, e é preciso fazer uma grave denúncia:
O Caráter do Adversário
Então, falou o rei Assuero e disse à rainha Ester: Quem é esse e onde está esse cujo coração o instigou a fazer assim? Respondeu Ester: O adversário e inimigo é este mau Hamã. Então, Hamã se perturbou perante o rei e a rainha.
Quem é esse nosso adversário? E onde está esse cujo coração o instigou a fazer assim?
O adversário e inimigo é este mau H… (a letra inicial é mera coincidência com o candidato da eleição de 2018) Hamã… Digo… Nossos inimigos estão, nessas eleições, representados na pessoa do candidato da esquerda. Se Calvin Coolidge estava correto ao dizer que “é muito mais importante matar leis ruins, do que passar leis boas”, acredito que meu papel aqui, mais do que defender um candidato, é denunciar o perigo que o outro candidato representa para a igreja e para a educação cristã.
A sede de Hamã pelo poder, e o ódio a Mordecai se uniram para tentar um plano de destruição aberto para a educação cristã. Os mensageiros já foram enviados e o desastre está sendo anunciado em todo o território nacional pelas mais diversas mídias. Normalmente tais planos se desenvolvem de forma secreta e disfarçada, mas agora não precisamos mais ter o trabalho de provar quais são as verdadeiras intenções dos inimigos do nosso povo. O candidato Hamã mesmo as declarou abertamente em entrevistas, panfletos, e no seu próprio plano de governo. Diferentemente dos líderes anteriores, ele tem uma formação intelectual declaradamente marxista, e vários livros escritos em defesa do socialismo. Como alguém que sustenta e busca aplicar o Manifesto do Partido Comunista nos dias de hoje, o candidato esquerdista, em entrevista concedida à Folha de São Paulo em 2012, declarou:
“Evidente que o Marx é a inspiração [minha, para escrever essa interpretação do que foi o modelo soviético] longínqua, mais moderna.(…) Eu me filio à tradição de Frankfurt, que tem no Adorno e no Marcuse as expressões mais vistosas”.
Bruno Garschagen, do instituto Mises Brasil, explica:
“A referência à escola de Frakfurt é importante: seus intelectuais criaram instrumentos intelectuais para tornar possível uma revolução cultural e política a partir do controle da linguagem e das idéias. O corolário desse empreendimento, alicerçado no marxismo, era a mudança de mentalidade e da própria política formal. Do politicamente correto à bandidolatria e antirreligiosidade, várias agendas ideológicas que hoje afetam o mundo ocidental são resultado direto da produção teórica da Escola de Frankfurt”.
“A liberdade de idéias e a liberdade de expressá-las sem sofrer censura moral sempre foram ideias correlacionadas e entrelaçadas. Mas ambas já morreram. Mas não morreram agora. Sua morte começou entre os anos 1930 e 1968, quando um grupo de intelectuais e filósofos se uniu para criar uma escola de pensamento que tinha como foco essencial a destruição da civilização ocidental e tudo o que ela representa (inclusive seu sistema econômico baseado no capitalismo) por meio da ‘emancipação’.” [https://www.mises.org.br/BlogPost.aspx?id=2948]
Os adeptos dessa vertente do Marxismo buscam fazer uma revolução cultural baseada no controle da linguagem e da idéias, na desconstrução da lógica, no politicamente correto, que despreza o debate aberto, porque este promove a análise crítica e impede o “pensamento de manada” que é o cerne da revolução cultural. A pressuposição básica errada dessa escola diz respeito à sua visão materialista do homem como mero animal guiado por instintos primitivos e necessidades básicas, incapaz de julgamento e de distinguir certo de errado, e totalmente moldado pelo meio externo, de maneira que ele não pode sequer ser responsabilizado pelas suas próprias decisões. Daí a idéia da descriminalização do crime proposta por essa vertente. Mas a situação piora: eles negam a existência do Deus verdadeiro, dizem que a religião faz parte dessa cultura dominadora e precisa ser destruída, assim como a família, que para eles é a origem de todos os defeitos da sociedade, por criar filhos submissos e obedientes. Assim, para imporem o seu sistema, a educação controlada pelo estado tem papel estratégico. A família é substituída pela escola.
“Por causa dessa atitude antagonista em relação à família, combinada com sua cruzada ideológica contra a espiritualidade, os filósofos de Frankfurt tinham de apresentar uma alternativa para substituir essa instituição antiquada e, com isso, garantir um caminho seguro para o futuro. Ato contínuo, a solução estava em reprogramar a sociedade por meio de uma engenharia social revolucionária, de modo que todos passassem a se comportar da maneira esperada pela teoria social da Escola.
Este, por si só, seria o código universal de ética que governaria a utopia frankfurtiana. Para impor e impingir esse código sobre a sociedade, eles propuseram a infiltração seguida da manipulação das instituições, dentre elas, e, principalmente, a educação e a mídia.
Deter o controle desses canais institucionais seria a maneira mais eficiente de impor e de promover sua ética. A educação controlada por sua ideologia forneceria a chave para a obediência garantida, extirpando toda e qualquer discordância, bem como todo e qualquer potencial de pensamento independente feito pelo indivíduo.
As repercussões dessa estratégia são óbvias hoje. A educação controlada pelo estado condicionou as crianças e os adolescentes a, desde cedo, jamais questionar as políticas coletivistas do governo. Aliás, quando estudantes decidem fazer algum ato de rebeldia contra o governo, é justamente para pedir a imposição de ainda mais políticas coletivistas. Trata-se de uma estratégia que obteve um sucesso quase que absoluto.
Como disse Lew Rockwell, “se toda a propaganda governamental inculcada nas salas de aula conseguir criar raízes dentro das crianças à medida que elas crescem e se tornam adultas, estas crianças não serão nenhuma ameaça ao aparato estatal. Elas mesmas irão prender os grilhões aos seus próprios tornozelos.” (Claudio Grass, A Escola de Frankfurt, o marxismo cultural, e o politicamente correto como ferramenta de controle. <https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2401>)
E sobre a referência do candidato à Marcuse, o filósofo Olavo de Carvalho faz elucidações importantes. Ele afirma que, no discurso, o comunismo é uma tentativa de instalar o paraíso no presente tempo, sob a ótica socialista. Isso seria alcançado através de uma luta de classes evolucionista, com a sobrevivência do mais forte. O proletariado unido seria o agente dessa revolução. Mas um desses pensadores de Frankfurt chamado Marcuse, de caráter sonhador e utópico, após constatar o fracasso do sistema, (em grande parte porque a classe proletária não estava mais disposta a lutar) sai em busca de uma classe de pessoas que viesse substituir os trabalhadores. Ele propõe que os artistas, marginalizados, drogados, prostitutas, etc. e, por alguma razão, os estudantes, assumissem esse papel de agentes da mudança. Se este Marcuse é mentor intelectual da esquerda brasileira na pessoa do seu candidato, isso explica o que temos visto no Brasil em termos de quem tem sido os integrantes e defensores dos partidos socialistas, aos quais ele acrescentou o movimento dos sem-terra. Ignorantes, mal eles sabem que serão “usados e jogados fora”, como fez Lênin. Depois de consumada a revolução, os comunistas soviéticos exterminaram justamente essa massa de marginalizados, que servira só para fazer bagunça, subsidiada pelo governo, mas agora era descartável.
Outra característica de Marcuse estava na área da linguagem: Ele tinha o costume de apenas lançar asserções sem dar qualquer evidência ou prova de verdade, e os ignorantes, sem entendê-las, as absorvem como palavras de sabedoria. Isso também explica a estratégia dos partidos de esquerda, e seu investimento em notícias mentirosas e mídia comprada. Essa é também precisamente a estratégia de doutrinação que encontramos na maioria dos livros didáticos no Brasil.
Mas um dos aspectos mais nefastos na proposta de Marcuse é a de liberdade sexual, especialmente para as crianças e jovens. Já que o ser humano para ele não passa de um animal, o paraíso que propõe é todos vivendo só para o prazer, sem qualquer responsabilidade religiosa, moral ou econômica. Ele chega a dizer que “é preciso erotizar as crianças”, permitindo a pedofilia e incentivando todo tipo de perversão sexual, o que causa marcas indeléveis e destrutivas na mente e na personalidade da criança, e visa destruir a família. E isso eles fazem com pretexto de defender as minorias e as diferenças, e de acabar com preconceito. Não é à toa que assistimos a promoção da entrada do “Kit Gay” nas Escolas quando o candidato foi Ministro da Educação, e que temos assistido a recorridas denúncias de imoralidade e até de satanismo nos livros infantis adotados pelo MEC. (https://youtu.be/R2q38okHXPE)
Sim, esse é caráter e as intenções de “Hamã”. Ele é mau. E isso porque ele é apenas um instrumento nas mãos do nosso verdadeiro inimigo espiritual, que é Satanás, com as suas hostes malignas e anti-cristãs. Essa é a filosofia declarada de nosso adversário.
O Ódio do Adversário
Nosso adversário não é apenas mau como ele odeia a educação cristã. Ele não pode seguir feliz enquanto os cristãos não se prostrarem diante dele:
Então, saiu Hamã, naquele dia, alegre e de bom ânimo; quando viu, porém, Mordecai à porta do rei e que não se levantara, nem se movera diante dele, então, se encheu de furor contra Mordecai. Hamã, porém, se conteve e foi para casa; e mandou vir os seus amigos e a Zeres, sua mulher. Contou-lhes Hamã a glória das suas riquezas e a multidão de seus filhos, e tudo em que o rei o tinha engrandecido, e como o tinha exaltado sobre os príncipes e servos do rei.(..) Porém tudo isto não me satisfaz, enquanto vir o judeu Mordecai assentado à porta do rei.
Se é verdade que “Quem Controla a Escola Governa o Mundo”, como propôs Gary DeMar, o controle da educação está no centro do plano do inimigo; mas enquanto existirem cristãos ensinando as verdades de Deus a seus filhos, a dominação não será completa. Somos uma pedra no meio do caminho dele, porque jamais nos curvaremos a outros senhores. E por isso ele nos odeia e odeia a religião que impulsiona nossa educação. Todos os regimes totalitários odeiam o cristianismo:
A religião não estava livre da conspiração de Hitler. Sob a direção de Alfred ROsenberg, declarado pagão e anticristão, “o regime nazista pretendia por fim destruir o cristianismo na Alemanha. Martin “Bormann, um dos homens mais próximos de Hitler, disse publicamente em 1941: “O nacional socialismo e o cristianismo são irreconciliáveis”. Embora ouçamos muito a respeito da supressão do pensamento judeu, pouca atenção é dada ao mais formidável rival do nazismo — o cristianismo. O correspondente de guerra Shirer escreveu: “Sabemos agora o que Hitler planejava para os cristãos alemães: a completa supressão de sua religião”. A agência de inteligência interna da SS, a polícia nazista, “considerava o cristianismo organizado um dos maiores obstáculos para o estabelecimento de um Estado verdadeiramente totalitário”. DeMar, Gary. Quem Controla a Escola Governa o Mundo, p. 20.
Milhares de pastores e padres foram presos na Alemanha Nazista, camapanhas foram feitas contra as escolas denominacionais, de forma que “Quando a guerra teve início, a instrução religiosa havia quase desaparecido das escolas primárias alemãs”. DeMar, p. 24.
E nas ditaduras socialistas não foi diferente. “A cosmovisão marxista, conforme estabelecida por Lênin, tinha aspirações semelhantes. A educação deveria ser centralizada. O Estado deveria se tornar o educador, o novo pai. Enquanto no contexto cristão as escolas atuam a partir da capacidade delegada pelos pais, como en loco parentis (no lugar dos pais), sob o comunismo, os papéis se invertem de tal forma que os lares e as escolas refletem e perpetuam a agenda do Estado. Da mesma maneira que os futuros rivais nazistas, o objetivo era doutrinar a juventude com a cosmovisão oposta. A escatologia secular otimista do marxismo dava condições à limpeza ideológica do que restava da antiga visão de mundo cristã pela nova religião materialista oficial do Estado, baseada nos princípios darwinistas. Para acelerar o processo, extermínios sistemáticos estavam na ordem do dia. (…) Quantos foram envolvidos? As estimativas de Solzhenitsyn chegam a sessenta milhões”. Robert Conquest, autor de The Great Terror, também fixou o número em milhões. Duvida-se que algum dia saibamos o total real — só Deus sabe. DeMar, p. 25
Frank Connelly, missionário batista na China, escreveu: “Bandidos comunistas nos cercam. Fica claro que não podemos ceder a eles. Os comunistas odeiam a América e odeiam o Cristianismo porque eles não gostam de nenhum pensamento que considera o indivíduo. Assim, enquanto professam bem alto a democracia e a liberdade de religião, eles negam tudo isso na prática”.
Horace Dewey, um pastor metodista que também passou três décadas na China, disse: “Esses comunistas nao crêem em Deus. Em não acreditam em nada. Eles sabem… Você não pode argumentar com um comunista porque eles não podem conceber que seu conhecimento seja errado… Você pode teorizar o quanto quiser sobre o Comunismo à distância, mas quando você contacta os comunistas, você contacta ódio e mentiras”. Dewey via o Comunismo como a antítese do cristianismo protestante. Não pode haver fé ou conhecimento de Deus sem o pensamento independente. Ele temia que seu trabalho com a sua congregação seria impossível sob o governo comunista.
O Plano do Adversário
Então, lhe disse Zeres, sua mulher, e todos os seus amigos: Faça-se uma forca de cinquenta côvados de altura, e, pela manhã, dize ao rei que nela enforquem Mordecai; então, entra alegre com o rei ao banquete. A sugestão foi bem-aceita por Hamã, que mandou levantar a forca.
Os piores governantes parecem sempre ter conselheiros ainda mais maquiavélicos. Acabe tinha Jezabel, Hamã tinha Zeres e o nosso adversário tem juízes e conselheiros malignos e inteligentes.
Vamos primeiro ver qual era o plano educacional que foi aplicado nos países comunistas. Em seguida iremos, a partir de alguns princípios bíblicos, medir os planos de governo dos nossos candidatos à luz desses princípios.
Da mesma forma que Hitler, Lênin percebeu o valor de monopolizar a educação e trazê-la para o controle exclusivo do Estado…. A velha ordem passaria com suas ideias ultrapassadas sobre religião, família e educação. O processo de mudança, entretanto, deveria começar com as crianças. Quanto mais cedo pudessem ser tiradas de seus pais e suas ligações com o passado quebradas, mais rapidamente aconteceria a reprogramação.
No livro Princípios do Comunismo, publicado em 1847, Engels defendeu a “educação de todas as crianças, tão logo antingissem idade suficiente para dispensar o cuidado materno, em instituições nacionais e à custa da nação”.
“Estamos trazendo as mulheres para a economia social, para a legislação e para o governo[…] Estamos estabelecendo cozinhas comunitárias […] creches […] instituições educacionais de todos os tipos. Em resumo, estamos cumprindo seriamente a demanda do nosso programa para a transferência da função econômica e educacional da família em si para a sociedade […] As crianças são criadas sob condições mais favoráveis que em casa”. apud DeMar, pp. 25-26
Após a Revolução de Outubro de 1917, o Partido Bolshevik proclamou uma transformação radical da educação. Guiado pelos princípios de Karl Marx e influenciado pelo movimento contemporâneo da educação progressivista no Ocidente como também na Russia, o partido e os seus líderes educacionais – Nadezhda K. Krupskaya e Anatoly V. Lunacharsky – tentaram aplicar as seguintes medidas revolucionárias como estabelecidas no programa do partido de 1919: (1) a introdução de educação geral e politécnica para crianças até 17 anos dentro da Escola de Trabalho Unificada, (2) o estabelecimento de um sistema de escolas pré-escolares para ajudar na emancipação das mulheres, (3) a abertura de universidades e outras instituições superiores para a classe trabalhadora, (4) a expansão do treinamento vocacional para pessoas acima de 17 anos, e (5) a criação de um sistema de educação de adultos em massa combinada com a propaganda de idéias comunistas. Em 1918 o governo soviético havia ordenado por decreto a abolição da instrução religiosa em favor da doutrinação ateísta, a educação de ambos os sexos nas mesmas escolas, o auto-governo dos alunos, a abolição das notas e dos testes, e a introdução de trabalho produtivo”. [Enciclopédia Britanica- Revolutionary Patterns of Education. Russia: from Tsaris to communism.]
Na China comunista vemos as seguintes características:
“Na educação, [o Partido Nacionalista] passou a sistematizar e estabilizar um sistema escolar fraco e mal apoiado e usá-lo como um meio de regeneração nacional. Às escolas foi garantido suporte financeiro, ainda que inadequado, e elas foram colocadas sob estrita supervisão e firme controle pelas autoridades públicas. Foi instituído o controle da educação pelo Estado por meio da administração centralizada”
“Na educação superior, medidas foram tomadas para manter os alunos longe das artes liberais, direito, educação e comércio e para voltá-los aos “cursos práticos” de ciência, engenharia, tecnologia, agricultura e medicina”.
Os comunistas na China geralmente “não faziam distinção entre educação e propaganda ou doutrinação ideológica.”[…] A importância enorme da ideologia na educação também pode ser vista de outras maneiras. Doutrinação ideológica e política era indispensável a todos os níveis escolares e para a educação de adultos e todas as formas de educação “para as horas vagas”. Consistia em aprender as máximas básicas do Marxismo-Leninismo e em estudar documentos descrevendo a estrutura e objetivos do novo governo, assim como os principais discursos e posições do partido e dos líderes governamentais. Seu alvo era engendrar entusiasmo para a revolução proletária-socialista e apoio fervente ao novo regime. Classe e luta de classe eram conceitos relacionados que ocupavam um lugar central na ideologia, e um alvo específico da educação era desenvolver consciência de classe para que todos os cidadãos, jovens e velhos, se tornassem lutadores ardorosos na luta de classes. Os regulamentos das escolas estipulavam que 10% do currículo deveria ser separado para estudo político e ideológico, mas, na prática, ideologia e política eram ensinados e estudados em muitos outros assuntos como linguagem, matemática, e história. Ideologia e política permeavam todo o currículo e a vida escolar, dominando completamente as atividades extracurriculares [britânica- Education Under Communism <https://www.britannica.com/topic/education/Education-under-communism>]
A natureza opressora do comunismo mais antigo foi notada or Antônio Gramsci (1891-1937), um marxista comprometido com uma nova abordagem para promover mudanças culturais e sociais. A fim de capturar as nações democráticas, um novo modelo deveria ser desenvolvido. Da mesma forma que os marxistas revolucionários antes dele, Gramsci considerava o cristianismo a “força que amarrava todas as classes — camponeses, trabalhadores e príncipes, padres e papas e todos os outros, em uma cultura única, homogênea… Gramsci acreditava que a entrada para a “utopia” tomada pelos marxistas tradicionais estava forrada de obstáculos formidáveis [como o cristianismo]. “Não adiantaria fazer discursos retóricos sobre ‘revolução’, ‘ditadura do proletariado’e ‘paraíso dos trabalhadores’”. Em vez disso, o marxismo teria de se reformular e falar sobre o “consenso nacional”, “unidade nacional”, e “pacificação nacional”. O processo democrático, em lugar da revolução, deveria ser usado para alcançar as mudanças necessárias. No início, o pluralismo seria promovido e defendido. Depois os marxistas deveriam se unir a outros grupos oprimidos — mesmo que não compartilhassem os ideiais marxistas — para criar uma coligação unificada com poder de voto. Depois de construir a coligação, “eles devem entrar em todas as atividades civis, culturais e políticas de todas as nações e, como o fermento faz com o pão, levedar todas elas com paciência e de forma completa.” Para modificar a cultura, Gramsci argumentava, “seria necessária uma ‘longa marcha através das instituições’ — as artes, o cinema, o teatro, as escolas, as faculdades, os seminários, os jornais, as revistas e o novo meio eletrônico [da época], o rádio”.
Em termos bem práticos, ele precisava conseguir que indivíduos e grupos em todas as classes e estágios da vida pensassem sobre os problemas da vida sem referência ao transcendente cristão, sem referência a Deus e às leis divinas. Precisava fazer com que reagissem com antipatia e oposição positiva a qualquer introdução dos ideais cristãos ou da transcendência cristã no tratamento e solução dos problemas da vida moderna.[…] Tudo deve ser feito em nome da dignidade e dos direitos do homem, e em nome de sua autonomia e liberdade de qualquer restrição externa. Principalmente das reivindicações e restrições do cristianismo”. (Em DeMar, 28-29.
Finalmente, a advertência de A. A. Hodge, teólogo de Princeton em 1869: “Estou tão certo quanto estou do reino de Cristo, que um sistema centralizado de educação nacional, separado da religião, como agora é comumente proposto, provará ser a mais terrível engenharia para a propagação da incredulidade ateísta e anti-cristã, e de uma ética niilista e anti-social, individual, social e política, que esse mundo pecaminoso já conheceu.
E agora gostaria de lhe contar, ó Rei, o seu plano– Ensaia Ester — Sim, ele tem um plano de governo maquiavélico para a educação que visa me destruir e a todo o meu povo. Embora ainda revestido de palavras bonitas, não é difícil mostrar, a partir dos princípios bíblicos a respeito do relacionamento da educação cristã com a política, algumas facetas destacadas pelo candidato marxista, e compará-las com as ênfases bastante opostas do plano do seu opositor.
A Educação Cristã Ameaçada de Extinção
Então, respondeu a rainha Ester e disse: Se perante ti, ó rei, achei favor, e se bem parecer ao rei, dê-se-me por minha petição a minha vida, e, pelo meu desejo, a vida do meu povo. Porque fomos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e aniquilarem de vez;
Imagino que você já pôde identificar algumas características básicas desse plano sendo aplicadas na educação brasileira. E isso não é de hoje. Há pessoas no governo, no ministério da educação, no legislativo, em vários órgãos públicos, e de modo especial nas universidades e escolas públicas, trabalhando arduamente para implementar essas estratégias na educação brasileira. Nós somos praticamente comunistas na nossa educação e, o pior, muito de nós, mesmo pais e educadores cristãos, ou não percebemos isso, ou não entendemos que essas idéias são completamente antitéticas à educação e visão de mundo cristã. Por isso eu desejo agora deixar claro alguns princípios cristãos e reformados que regem a educação e compará-los com as agendas da esquerda e da direita, de modo geral, como encontramos nos planos de governo dos candidatos à presidência do Brasil.
As Agendas Educacionais da Direita e Esquerda Comparadas com os Princípios Cristãos
Princípio 1- O Mito da Neutralidade. Não há neutralidade na educação nem na política, nem em qualquer outra área da vida, porque o ser humano é essencialmente espiritual. Ainda que os materialistas o neguem, eles mesmos estão praticando um culto – essencialmente religioso – à sua ideologia. “Toda política oculta uma crença”, diz André Biéler. Tudo esconde uma religião, todo currículo tem uma agenda por trás de formação do homem e de uma sociedade, e a religião do comunismo já domina a educação brasileira, com sua ênfase nas diferenças e antagonismo entre as classes, nos direitos em vez dos deveres, e numa visão de mundo completamente diferente da visão bíblica, que peca tanto ao ignorar Deus como ao resisti-lo com zelo religioso. “Uma força do sistema comunista do Leste é que ele tem algo do caráter de uma religião e inspira as emoções de uma religião”(Albert Einstein).
Agenda da Esquerda:
– “Estado Laico e educação laica”, interpretados por eles como proibição do ensino religioso cristão. O governo marxista vê as religiões como instrumento de dominação da cultura dominante e como fuga espiritual para os problemas sociais que eles acham que deveriam ser enfrentados materialmente. Então na prática, não há liberdade religiosa nem de ensino nos países comunistas. Eles forçam a religião do ateísmo.
Agenda da Direita:
– Luta contra doutrinação ideológica e imposição de opiniões nas salas de aula, por meio do programa Escola sem partido.
– Reconhece Deus na política e na educação de um país cuja população é majoritariamente cristã, no próprio slogan: “Deus acima de todos!”
Princípio 2. Liberdade Religiosa. Ora, se o currículo estará sempre servindo a interesses de um ou outro grupo religioso ou ideológico, o importante é que esses objetivos sejam explícitos e que haja liberdade para cada grupo ou escola escolher e ensinar sob sua perspectiva religiosa declarada.
Agenda da Esquerda:
– Controle e fiscalização da educação e da imprensa e expressão.
– Entraves ao ensino de religião nas escolas, sob pretexto de não ofender as minorias.
Agenda da Direita:
– “Um governo que defenda e resgate o bem mais precioso de qualquer cidadão: a Liberdade.”
– Defende a liberdade de expressão nas mais diversas mídias (que a esquerda está querendo tirar de nós).
– Defende a liberdade das igrejas.
Princípio 3. Respeito às leis, à justiça, à constituição e às autoridades (em tudo que se conforme à lei de Deus) como meio de garantir a liberdade. A visão bíblica é que a verdadeira liberdade é a liberdade/capacidade de obedecer às leis de Deus. Leis e autoridades devem ser honrados como forma de garantir a ordem e a liberdade, assim como as leis de trânsito garantem nossa liberdade de ir e vir, por exemplo.
Agenda da Esquerda:
– Desprezo pelas instituições governamentais e de sua autoridade
– Propõe convocar nova constituinte e Elaborar nova Constituição
– Impedimento de leis que garantem a transparência do processo eleitoral.
– Rejeição da moralidade judaico-cristã como instrumento de dominação e de coerção da liberdade. Esses vídeos mostram o perigo da agenda comunista – mostra a estratégia de gramsci para destruir os valores judaicos-cristãos da sociedade. (https://youtu.be/vAdQ-v-S6aY)(https://youtu.be/gUg3WAb6VCY)
Agenda da Direita:
– Sustentar os princípios e ética judaico-cristã contidos nas Escrituras e sujeição à constituição e sistema legislativo e judiciário do país.
– Leis que garantam liberdade econômica, religiosa, de expressão, direitos, etc.
Princípio 4. Os filhos e sua educação são responsabilidade dos pais, não do estado. A Bíblia, de Adão e Eva, passando por Abraão, Davi e no Novo Testamento, coloca sobre os pais a responsabilidade direta de educar os seus filhos, e indiretamente sobre a igreja.
“A Bíblia não autoriza escolas ou igrejas controladas pelo governo. Apesar de unidades governamentais serem de fato instituições bíblicas, é a outras instituiçoes bíblicas (o lar ou família e a igreja) que Deus tem dado a responsabilidade primária para ensinar aos cidadãos as verdades da Escritura e a natureza do mundo e universo criado. Nós consideramos uma invasão governamental em um âmbito indevido quando o governo está dirigindo a educação como ele o faz hoje, no sistema escolar publico e por meio dele.
O lar, e portanto, a família, são a primeira e mais fundamental das instituições humanas. Eles foram estabelecidos diretamente por Deus quando ele criou o homem e a mulher (Gn. 2:18,24) Na criação original não havia aparentemente nenhuma outra instituição nem para propósitos governamentais nem educacionais. Assim, por implicação, era evidentemente a responsabilidade dos pais, especialmente do pai, manter a ordem no lar e ensinar as crianças.
A família é a mais vital de todas as instituições porque ela garante que a raça humana irá continuar a se multiplicar de acordo com a admoestação do Criador. A família diz: “Sim, há um futuro, um futuro piedoso”. O futuro, contudo, em termos cristãos, está em pais piedosos que produzem uma semente piedosa por meio de um sistema educacional que começa e deve ser mantido no lar. (…)
Depois do dilúvio Deus estabeleceu a instituição do Governo humano, mas não há nenhuma indicação na Escritura de qualquer instituição educacional formal estabelecida por Deus. Na realidade, a primeira menção real de qualquer tipo de ensino é encontrada naquele verso… onde Deus fala da responsabilidade de Abraão de “ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do Senhor e pratiquem a justiça e o juízo”(Gn. 18:19). É significativo que essa primeira menção de ensino na Bíblia não apenas fala do pai ensinando seus filhos mas também sugere fortemente que o principal conteúdo do ensino era moral e espiritual, em vez de vocacional ou cultural. A primeira prioridade na educação, portanto, é claramente a Palavra de Deus revelada (Dt. 6:6-7; II Tim.3:15).
Já que não há nenhuma referência na Escritura à escola como uma instituição separada da família, então uma escola verdadeiramente bíblica deve ser uma extensão da família (como a família reflete a Igreja) ou aquela escola está biblicamente em erro. Qualquer tal escola que é separada da família, em vez de fortalecer a família, tenderá a atacar e a destruir a família”. [Whitehead, John. O Dever Constitucional dos Pais. Em: A Base para uma Escola Cristã, p. 75-77]
Já a esquerda sempre sugere que os pais são uma ameaça aos filhos. Um dos juízes da nossa suprema corte recentemente reafirmou a máxima marxista citando que “a principal função da educação é proteger os filhos de seus pais”.
Uma das primeiras cartilhas na China Comunista iniciava com o seguinte texto para as crianças lerem: “Eu odeio o meu pai. Eu odeio a minha mãe. Eu amo a China.” E nós não estamos atrás: já vi livros didáticos usados por escolas cristãs cuja primeira lição do primeiro ano é ensinar às crianças os “direitos da criança e do adolescente”, que incluem denunciar seus pais. Não podemos aceitar essa inversão de valores.
Agenda da Esquerda:
– Investir em creches e mais tempo na escola. “Apoiará fortemente os municípios para a ampliação das vagas em creche, que além de representar um direito dos bebês e crianças, contribui para a autonomia das mulheres”. “Fortalecer políticas para a pré-escola.”
– “Promover a efetivação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), combateremos o trabalho infantil, retomaremos e ampliaremos as políticas de proteção às crianças no contexto de suas famílias e comunidades, prevenindo o abandono e a violência, por meio da ampliação dos Conselhos Tutelares.”
– “Ampliação da oferta de educação de tempo integral”
– “Revogar a reforma do ensino médio que estabeleceu que uma parcela importante da grade curricular seja ofertada na modalidade de ensino à distância”.
– “Expansão de novos modelos de ensino médio em tempo integral, ampliando a carga horária”.
Agenda da Direita:
– Defende a família como base da sociedade e o fortalecimento dos vínculos familiares e intergeracionais.
– Defende a prerrogativa da família de escolher o tipo de educação do filho, conforme o Brasil prevê em acordos internacionais de direitos humanos.
– Dará mais liberdade às famílias, com menos interferência do estado, na criação dos seus filhos, inclusive permitindo o homeschooling.
– Busca alternativas para que as mães possam passar mais tempo com os filhos.
Princípio 5– O Estado Pequeno e a descentralização é mais desejával que a centralização do poder, no que se refere à educação, visto que órgãos federais promovem a uniformidade na educação, o que contraria o princípio bíblico da unicidade de cada ser humano e do caráter independente da família. Cristãos como G. Machen lutaram ferrenhamente contra a criação de um ministério da educação nos Estados Unidos, que buscava um padrão de uniformidade para a educação, e defendem que a descentralização e o individualismo é o melhor caminho, do ponto de vista bíblico.
[Sobre o fato de educadores exigirem um departamento federal ou subsídio estatal para educação]. “Essas demandas são a favor de interesses de uniformidade na esfera da educação. Deveria haver, dizem eles, uma agência poderosa coordenando a educação para determinar padrões e encorajar a produção de algo como um sistema. Mas o que devemos dizer quanto a esse objetivo? Eu não tenho qualquer hesitação em dizer que sou terminantemente oposto a ele. A uniformidade na educação, me parece, é uma das piores calamidades que poderia cair sobre qualquer povo. Há algumas esferas, é verdade, onde a uniformidade é algo bom. Ela é boa, por exemplo, na fabricação de carros Ford. Aqui a uniformidade é o grande objetivo da atividade.
Mas o que é bom para um carro Ford nem sempre é bom para um ser humano, pela simples razão de que um carro Ford é uma máquina enquanto o ser humano é uma pessoa. Nossos experts pedagógicos parecem negar essa distinção, e esse é um dos pontos em que aparece nosso conflito com eles. Quando você está lidando com um ser humano, a padronização é a última coisa que você deve buscar. A uniformidade na educação sob um departamento do governo central seria de fato uma grande calamidade”. (J. G. Machen)
As famílias brasileiras precisam entender que o próprio programa “bolsa família” como instituído pela esquerda, com a sua vinculação a que as crianças estejam matriculadas em escola pública, tem esse objetivo duplo de garantir a doutrinação das crianças e de tornar as famílias dependentes do Estado Grande e assistencialista, e ainda incentivar a preguiça e a pobreza para que sempre exista um classe pobre e dependente para votar nos partidos que perpetuem essa prática.
Agenda da Esquerda:
– “Institucionalização do Sistema Nacional de Educação”.
– “As escolas serão acompanhadas e apoiadas pelo Instituto Federal de Educação mais próximo.”
– “Plano de gestão e o projeto pedagógico escolar será construído a partir da integração, reconhecimento de saberes e cooperação mútua entre a gestão federal e os educadores das escolas”.
Agenda da Direita:
– Defende menos estado, com mais setores privados.
– Defende métodos individualizados como o homeschooling e a educação à distância.
Princípio 6– O Cristão Defende a Proteção e a Pureza das Crianças contra toda Imoralidade. A posição bíblica não poderia ser mais clara: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; que cada vós saiba possuir o seu próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santificação”. (1 Tess. 4: 3-7) E, referindo-se aos pequeninos, Jesus advertiu em Mateus 18: 6-7: “Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um desses pequeninos que crêem em mim, melhor lhe for a que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado nas profundezas do mar. Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é necessário que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo!” .
Mas as forças ateístas e ideológicas têm destruído os mais básicos padrões morais: “Porque Deus é considerado irrelevante na sala de aula, não há mais qualquer base sobre a qual se pode formar opiniões sobre moralidade, ética e religião. O slogan de nossa sociedade tem se tornado: “Ei, não faz qualquer diferença o que você acredita, desde que você acredite nisso”. Nossa sociedade tem se tornado um pouco esquizofrênica, pensando que respostas corretas existem para qualquer área da vida exceto para a religião e moralidade.
Agenda da Esquerda:
– Defende legalização do aborto
– Defende legalização das drogas que destroem nossos jovens e famílias.
– “Fortalecerá o Sistema Nacional LGBTI+, com criminalização da LGBTIfobia, implementando programas e ações de educação para a diversidade, inclusive “garantindo bolsa de estudos a pessoas travestis e transexuais”
– “Contra o escola sem partido, serão massificadas políticas de educação e cultura em Direitos humanos e de valorização da diversidade, a partir de uma perspectiva não-sexista, não racista e não-LGBTIfóbica”.
– “Cultura como um direito e como um campo de luta pelas liberdades individuais e contra o racismo, o machismo, a LGBTIfobia, a intolerância religiosa e o avanço do conservadorismo no Brasil”
– Incentiva que jovens participem de atos criminosos e saiam ilesos devido à maioridade penal.
Agenda da Direita:
– Contra o aborto.
– Contra doutrinação imoral das crianças nas escolas (kit gay, ideologia de gênero, etc.)
– Defende a diminuição da maioridade penal para 16 anos.
- Princípio 7. A importância da Verdade, da Linguagem e da Lógica. Daí porque os marxistas frankfurtianos buscam desconstruir a lógica e o significado das palavras, fazendo uma lavagem cerebral por meio da pregação da mentira. A educação marxista é secular e existencialista e não possui absoluto algum para medir grandeza, nem é capaz de compreender e dialogar em uma discussão com sentido.
“Os homens de hoje se opõem à ideia da verdade proposicional. A verdade não pode ser reduzida a proposições, alegam, de forma que todas as declarações confessionais são inválidas. Negar a verdade proposicional significa negar toda a verdade e afirmar o universo sem sentido… Como cristãos, devemos afirmar não só a verdade proposicional, mas também que as palavras são verdades proposicionais em miniatura”. Rushdoony, Filosofia do Currículo Cristão, p 86.
“Lavagem cerebral é um sistema de entorpecimento do cérebro de modo que a pessoa pode ser seduzida a aceitar o que de outra forma seria odioso para ele. Ela perde o contato com a realidade. Fatos e fantasias giram e trocam de lugar. Contudo, para prevenir as pessoas de reconhecerem os maus inerentes da lavagem cerebral, os “vermelhos” fingem que trata-se apenas de outro nome para algo que já é muito familiar e de respeito inquestionável, como educação ou reforma. (Edward Hunter, Brainstorming)
Vejam um exemplo disso. Uma das agendas do Foro de São Paulo criado por Lula e Castro e outros comunistas da América Latina, consiste em instaurar o socialismo na América Latina e entregar o País aos desejos das outras nações e especialmente das organizações terroristas do narcotráfico. Eles falam de “redefinir a soberania nacional”, “redefinir o papel do exército”, mas tudo disfarçado num discurso de paz: “Esse projeto argumenta que a soberania deve tomar o assento de trás na ‘ação hemisférica coletiva, no monitoramento das eleições, na resolução de conflitos, na supervisão de diálogos e acordos de paz, e na defesa dos direitos humanos”, mediante a supervisão e controle da OEA, da ONU, da Cruz Vermelha, ou qualquer outra organização supra-nacional.[…] Quer dizer, promove-se diálogos e acordos para suscitar a impunidade dos terroristas e os mecanismos para permitir o acesso ao poder com os terroristas, aliados e membros do Foro de São Paulo. O modelo para conseguir isto, disseram em 1993, é o impulso de “Diálogos de Paz”, mediante o qual conseguem-se enormes vitórias políticas, não conseguidas no campo da batalha armada, e o desmantelamento oculto do Exército”. […] Isto vai acompanhado, obviamente, de outras táticas: o exercício de uma “Comissão da Verdade”, que publique mentiras como se fossem verdades oficiais.” Além da liberação das drogas e apoio ao narcotráfico, “do solapamento dos nossos valores, controle sobre o sistema educacional e judiciário, controle de universidades e colégios, prefeituras, governadores de estado e institutos descentralizados para usar os recursos públicos como caixa menor do terrorismo. Também se converteram em referências morais e ideológicas… Já caiu a Venezuela. E o golpe final para a Colômbia culminará em … entregar nosso amado país nas fauces dos criminosos das FARC que… se converterão em nossos congressistas, nossos prefeitos, nossos professores, nossos líderes espirituais, nossos exemplos de virtude, decência e honestidade. Que tragédia… Burton, Gary. A Agenda Comum do Foro de São Paulo. Recanto das Letras.
Agenda da Esquerda:
– Na educação fundamental,“serão realizados fortes ajustes na Base Nacional Comum Curricular … para retirar as imposições obscurantistas e alinhá-la às Diretrizes Nacionais Curriculares e ao PNE. “Reformulação do Ensino Médio”
– Programa Paz e Defesa da Vida nas Escolas. Como contraponto ao Escola Sem Partido, Lula propõe a Escola com Ciência e Cultura, transformando as unidades educacionais em espaços de paz, reflexão, investigação científica e criação cultural. As ações de educação para as relações étnico-raciais e as políticas afirmativas e de valorização da diversidadade serão foratalecidas; serão massificadas políticas de educação e cultura em Direitos Humanos, a partir de uma perspectiva não-sexista, não-racista e não-LGBTfóbica”.
– Não menciona ensino de História na Nova Base curricular, mas foca na ciência e tecnologia, sociologia e artes.
– Investimento pesado no “Ministério da Cultura” como meio de manter o controle e a propaganda marxista entre estudantes, professores, eruditos, artistas, etc.
Agenda da Direita:
– “A Verdade vos libertará”. Limpar a educação dos viéis ideológicos da esquerda; expor a verdade nos livros didáticos.
– Incentiva a liberdade de imprensa e debates que promovam a verdade.
– Promover alfabetização fônica em vez da global que tem sido usada como instrumento da esquerda para a redefinição das palavras e introdução do discurso de ódio entre as classes, raças e grupos sociais.
Princípio 8- Importância da História para a Transmissão de Verdades. A educação cristã é uma “educação na verdade”, e se preocupa em transmitir a história dos poderosos feitos de Deus. A Palavra de Deus deve permear todo o currículo e todas as áreas da vida. Mas quando os comunistas tomam o poder, a sua ideologia assume esse papel religioso que permeia todo o currículo e todas as áreas da vida.
“A totalidade do alvo do novo currículo marxista e anti-Ocidental é remover os alunos atuais dos valores dos seus predecessores. Eles desejam desarraigar toda uma geração de jovens de seu envolvimento nas idéias ocidentais estreitas de moralidade, propriedade, e liberdade individual submissa a Deus. Então, quando a operação está completa, eles podem interjetar a suas idéias novas e revolucionárias. Quando você elimina os valores morais e os princípios absolutos de certo e errado, então você é deixado com um muitas questões e nenhuma resposta. Não há mais lugar para grandes livros, grandes idéias, ou grandes homens, porque não há mais um meio de se medir grandeza. Em termos de um curso universitário de literatura, isso significa que a Bíblia, a Constituição dos Estados Unidos, e o Paraíso Perdido não têm mais sentido nem valor para nós hoje. – Lee Grady
Para o Darwinista, a história é o produto de forças biológicas impessoais; para o marxista, as forças são econômicas; para o freudiano, são a psicologia e o inconsciente. Não apenas o significado da história é despersonalizado, como também o homem é despersonalizado.” (Rousas J. Rushdoony. A Perspectiva Bíblica da História.)
Eles [estudiosos revisionistas pós-modernos] desprezam as tendências do aprendizado e do currículo escolar “eurocêntricos”, apenas para substituí-los agressivamente por um aprendizado e currículo escolar “afrocêntricos”. As histórias são reescritas… de acordo com programas feministas ou homossexuais… Se o eurocentrismo é uma falha, poderia se pensar que o afrocentrismo também poderia sofrer as consequências de uma visão limitada. Se o patriarcado é errôneo, porque deveria o matriarcado ser melhor? No entanto essas picuinhas perdem de vista o principal ponto do ensino pós-modernista. A verdade não é a questão. A questão é o poder. Arthur M. Schlesinger Jr. The Disuniting of America.
Agenda da Esquerda:
– Propõe retirar o ensino da História e re-escrever a história de acordo com os propósitos comunistas e da Nova Ordem Mundial.
– Novo Currículo que segue a agenda anti-cristã mundial.
– Afirmou que irá controlar as mídias e acabar com a liberdade de expressão de grupos religiosos.
Agenda da Direita:
– Tem buscado limpar o currículo de víeis ideologicos – link https://youtu.be/N0JdplGA1Cg
– Tem permitido e incentivado a liberdade religiosa e educacional no Brasil.
– Incentiva a educação e a cultura de maneira objetiva: melhorar situação brasileira nos diversos rankings como o PISA, capacitar os professores por meio de cursos que os qualifiquem melhor nas suas disciplinas, ensinar os fundamentos de disciplinas como Matemática, Português, História, Geografia e Ciências “permitindo que os alunos possam exercer um pensamento crítico sem conotações ideológicas; incentivo de projetos culturais, preservação e recuperação do patrimônio cultural e histórico.
Princípio 9. Indivíduo, Criatividade e Capitalismo x Planejamento e Imposição da Ideologia do Estado.
A educação cristã defende a importância da propriedade privada (Êxodo 20:17), do trabalho e da criatividade. “Capitalismo deriva da palavra latina para a cabeça. É o sistema baseado na mente… A criatividade é o fundamento do capitalismo; o socialismo é fundamentado no planejamento; é baseado na assunção de que já se sabe tudo o que é possível saber para podermos planejar o nosso futuro, e isso leva a tirania. E essa é a verdadeira diferença: liberdade x tirania.”
“Aprender é o coração do capitalismo. É aprender algo que você não sabe, e isso depende de uma abertura à criatividade e à surpresa, porque você nao tem como prever os resultados de um processo verdadeiramente imprevisível. Se um Governo proíbe o aprendizado ele está travando a economia. O crescimento econômico é o aumento do conhecimento, e isso é o aprendizado. É a base do capitalismo, e dele depende”. Economista George Guilder. <http://video.foxnews.com/v/5848777170001>
Agenda da Esquerda:
– “Acesso à educação universitária para todos os jovens que desejarem”, independentemente da capacitação pessoal e mérito, por meio do sistema de cotas.
– Extinguir sistema de notas e não reprovar alunos.
– “Usaremos o idiota útil na linha de frente. Incitaremos o ódio de classes. Destruiremos sua base moral, a família, e a espiritualidade. Comerão as migalhas que caírem de nossas mesas. O Estado será Deus. A minoria organizada irá derrotar a maioria desorganizada todas as vezes”. (V. I. Lenin, 1870-1924)
-“Promoveremos a reforma agrária e enfrentaremos a criminalização dos movimentos sociais”, ou seja, incentivarão a tomada da propriedade privada pelo movimento dos Sem Terra e dos Sem Teto, que não passam de farças que usam os pobres para tomar propriedades e revendê-las a quem o partido comunista quer beneficiar.
Agenda da Direita:
– Defende o Capitalismo, a propriedade privada.
– Incentiva a formação pessoal do aluno por meio também da opção da educação à distância.
– Incentiva a iniciativa privada e pequenas empresas.
– Incentiva o empreendedorismo, para que jovens saiam das faculdades já com empresa própria, e com o programa do “menor aprendiz”.
– Ótima escolha de ministro da Fazenda, justamente da linha que acredita-se que a Bíblia ensina (Escola austríaca de economia, e não keynesiana, e muito menos marxista).
– Protege o direito à auto-defesa do cidadão e de defesa sua propriedade por meio da posse legal de armas – outro direito bíblico, dado por Deus, e que comprovadamente faz uma comunidade mais segura, ao contrário do que a esquerda diz, pois sempre que toma o poder desarma a população para que não haja oposição ao seu sistema.
– Tem sido e promete ser dura contra o crime e criminosos. Esta é justamente a obrigação principal que Deus deu para o governo! Leia Romanos 13! Isso, em si, já ajudaria a economia.
Agora esperamos que você, leitor, que é cristão e que ama a sua família e seus filhos, ciente desses planos e agendas, do caráter de Mordecai e de Hamã, pela graça de Deus tome uma decisão acertada neste segundo turno, e honre quem merece ser honrado pelos seus feitos heroicos, ainda que escondidos e desprezados, e denuncie e condene os culpados, dentro de sua esfera de atuação, para que sejam perturbados e envergonhados e não alcancem o poder.
A Parte de Cada Um no Dia Seguinte
Que se fará ao homem a quem o rei deseja honrar? […] Hamã tomou as vestes e o cavalo, vestiu a Mordecai, e o levou a cavalo pela praça da cidade, e apregoou diante dele: Assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar. Depois disto, Mordecai voltou para a porta do rei; porém Hamã se retirou correndo para casa, angustiado e de cabeça coberta.
[…] O rei, no seu furor, se levantou do banquete do vinho e passou para o jardim do palácio; Hamã, porém, ficou para rogar por sua vida à rainha Ester, pois viu que o mal contra ele já estava determinado pelo rei. Tornando o rei do jardim do palácio à casa do banquete do vinho, Hamã tinha caído sobre o divã em que se achava Ester. Então, disse o rei: Acaso, teria ele querido forçar a rainha perante mim, na minha casa? Tendo o rei dito estas palavras, cobriram o rosto de Hamã.
Então, disse Harbona, um dos eunucos que serviam o rei: Eis que existe junto à casa de Hamã a forca de cinquenta côvados de altura que ele preparou para Mordecai, que falara em defesa do rei. Então, disse o rei: Enforcai-o nela.
Somos chamados a honrar os que nos tem feito o bem e a condenar quem trama o mal, como fez Ester ao apontar o caráter e o plano de Hamã, como fez o Rei ao se indignar com Hamã, e como fizeram os próprios servos do rei, sugerindo que Hamã fosse enforcado na forca que construíra contra Mordecai. Assim, pela revelação da verdade, e pela participação de cada um, a trama de Hamã foi frustrada e a sua maldade se voltou contra ele.
Para agirmos bem em nossas esferas de atuação precisamos de coragem e de sabedoria. Thomas Jefferson afirmou: “Quando o governo teme o povo, há liberdade. Quando as pessoas temem o governo, há tirania”. Mesmo os sábios amigos de Hamã puderam prever e o advertiram de sua derrota final. O próprio rei saiu da cena para o jardim para processar as informações que recebera. O eunuco do rei no momento certo o informou da forca construída para Mordecai, e de como Mordecai havia ajudado o rei. Cada um no seu lugar e no seu tempo.
O que podemos fazer, então, como cidadãos? Como cidadãos cabe a você buscar conhecer a história, as agendas explicitas e as ocultas dos candidatos, revelar a verdade sempre que for oportuno a fim de ajudar outros a tomar decisões corretas, e, claro, votar bem.
Naquele mesmo dia, deu o rei Assuero à rainha Ester a casa de Hamã, inimigo dos judeus; e Mordecai veio perante o rei, porque Ester lhe fez saber que era seu parente. Tirou o rei o seu anel, que tinha tomado a Hamã, e o deu a Mordecai. E Ester pôs a Mordecai por superintendente da casa de Hamã. Falou mais Ester perante o rei e se lhe lançou aos pés; e, com lágrimas, lhe implorou que revogasse a maldade de Hamã, o agagita, e a trama que havia empreendido contra os judeus. Estendeu o rei para Ester o cetro de ouro. Então, ela se levantou, pôs-se de pé diante do rei e lhe disse: Se bem parecer ao rei, se eu achei favor perante ele, se esta coisa é reta diante do rei, e se nisto lhe agrado, escreva-se que se revoguem os decretos concebidos por Hamã, filho de Hamedata, o agagita, os quais ele escreveu para aniquilar os judeus que há em todas as províncias do rei. Pois como poderei ver o mal que sobrevirá ao meu povo? E como poderei ver a destruição da minha parentela?…
Então, foram chamados, sem detença, os secretários do rei… E, segundo tudo quanto ordenou Mordecai, se escreveu um edito.
Escreveu-se em nome do rei Assuero, e se selou com o anel do rei; as cartas foram enviadas por intermédio de correios montados em ginetes criados na coudelaria do rei. Nelas, o rei concedia aos judeus de cada cidade que se reunissem e se dispusessem para defender a sua vida, para destruir, matar e aniquilar de vez toda e qualquer força armada do povo da província que viessem contra eles, crianças e mulheres, e que se saqueassem os seus bens,
A carta, que determinava a proclamação do edito em todas as províncias, foi enviada a todos os povos, para que os judeus se preparassem para aquele dia, para se vingarem dos seus inimigos.Às vezes pensamos que a história de Ester termina com o enforcamento de Hamã. Mas não. Ester ainda teve que arriscar mais uma vez à presença do Rei e interceder em humildade; foi preciso deliberar, tomar decisões, empossar pessoas. O Rei teve que tomar medidas legais. Cartas foram escritas e os judeus em todo lugar precisariam ser avisados. Também os judeus tiveram que se preparar para lutar contra o ataque dos inimigos e para defender suas casas. Portanto, entendam isso: seja como for o resultado das eleições, a nossa luta e o nosso papel não termina ali. Precisamos continuar a fazer o que podemos para defender e garantir a liberdade educacional em nosso país, cada um em nossa esfera de autoridade.
E como pais e educadores cristãos, o que nos cabe fazer? Em uma palavra, lute pelos seus filhos! Assuma a responsabilidade de educar os seus filhos na verdade e no temor do Senhor, e nunca entregue o seu filho para o Estado, nem para ninguém. Ainda que um dia tomem à força seus filhos de você, eles não poderão tomar o coração e a mente deles, se você tiver, pela graça de Deus, feito o seu papel, quer você os tenha ensinado em casa ou numa escola cristã, ou os instruído sempre que possível contra os erros que aprenderam nas escolas públicas e seculares.
“Há só uma maneira de vencer o Estado Socilista. Não é com o maquinário político nem com votos. Nao é com petições e protestos. É com uma educação piedosa dos filhos controlada pelos pais. O socialismo quebra os laços naturais entre pais e filhos — essa é uma parte necessária do programa socialista. A menos que esses laços sejam quebrados, o Estado nao consegue ganhar controle sobre o futuro. A educação controlada pelos pais frustra esse propósito. Por isso o Estado Socialista tem trabalhado duro para tornar o laço parental uma liability e para fazer que os pais desejem romper esse laço onde e sempre que for possível. […] A família é o inimigo público número um do socialismo, e praticar o Cristianismo Bíblico é crime de ódio contra o estado.
O Estado não deu à luz os nossos filhos, nem nos deu os nossos filhos, nem podemos confiar que criarão nossos filhos para nós, e nem deveríamos deixar que o estado os tome de nós. “Filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre é o Seu galardão”. (Salmo 127:3)
As crianças foram colocadas sob a autoridade, proteção e tutelagem, nao do governo, nem da igreja, mas dos pais. Os pais darão conta diante de Deus pela meneira como seus filhos são criados.”E vós pais… criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor. Ef 6:1-4 (Bluedorns, Teaching the Trivium, p. 56,57
John W. Whitehead, advogado norte-americano especialista em direito constitucional, escreveu um artigo no livro “The Basis for a Christian School (a Base para uma Escola Cristã) intitulado O Direito Constitucional dos Pais. Nesse artigo ele busca mostrar a base bíblica e constitucional para que o governo não intervenha na educação dos filhos e na família. Ele comenta e defende a explosão de crescimento das escolas cristãs nos Estados Unidos (para não mencionar o crescimento mais recente da educação domiciliar), e insta na necessidade de batalhas legais pelo ensino confessional:
“Simultanamente ao aumento do crescimento das Escolas Cristãs tem sido a preocupação evidenciada pelos níveis legislativos e administrativos de várias agências. Essas agências tem tentado em casos numerosos exercer completa autoridade sobre as escolas cristãs.
“O governo que exerce absolutos arbitrários – como quando a Suprema Corte exerce ao declarar que as criancinhas no ventre não são pessoas – pode, a seu bel-prazer e depois de eficiente manipulação das massas, estabelecer qualquer lei que desejar. O governo então se tornará o pai, e todas as crianças serão suas criaturas.[…] A igreja cristã deve lutar e batalhar contra as presentes agências governamentais que tomam o lugar dos pais. Nós devemos continuar a desemoenhar o plano de batalha pela educação cristã, a qual… foi executada efetivamente por nossos precursores protestantes nos primeiros anos da Reforma. Não é uma batalha na qual a igreja possa esmorecer, pois é uma batalha até o final.
Uma Luta até o Fim
Também em toda província e em toda cidade aonde chegava a palavra do rei e a sua ordem, havia entre os judeus alegria e regozijo, banquetes e festas; e muitos, dos povos da terra, se fizeram judeus, porque o temor dos judeus tinha caído sobre eles[…].
No dia em que os inimigos dos judeus contavam assenhorear-se deles, sucedeu o contrário, pois os judeus é que se assenhorearam dos que os odiavam; porque os judeus, nas suas cidades, em todas as províncias do rei Assuero, se ajuntaram para dar cabo daqueles que lhes procuravam o mal; e ninguém podia resistir-lhes, porque o terror que inspiravam caiu sobre todos aqueles povos.
Todos os príncipes das províncias, e os sátrapas, e os governadores, e os oficiais do rei auxiliavam os judeus, porque tinha caído sobre eles o temor de Mordecai. Porque Mordecai era grande na casa do rei, e a sua fama crescia por todas as províncias; pois ele se ia tornando mais e mais poderoso.
Seja qual for o resultado das eleições, não podemos relaxar. Enquanto há lei, liberdade e justiça, precisamos tomar providências legais que garantam a existência da escola cristã e da educação domiciliar cristã e informar cada cristão do perigo que estão correndo e do seu direito e dever de se defender. Nós oramos que a mão de Deus aja de tal forma a paralizar os nossos inimigos e a converter muitos ao nosso Deus, ao verem os milagres que Ele tem feito pelo seu povo. De fato, em Ester 8 lemos que aqueles eventos levaram muitos a se converter ao judaísmo.
Você iria imaginar que os inimigos dos judeus ficariam atemorizados e desistiriam de atacá-los. Mas, mesmo depois de meses terem se passado, mesmo com Mordecai em autoridade e com o contra-edito do rei, muitos ainda atentaram contra o povo de Deus. Porém não prevaleceram, pois Deus estava do lado do seu povo. Recentemente essa voz ressoou da boca de um dos palestrantes internacionais no Expo-Homeschool que aconteceu em Brasília, alguém que tem acompanhado a luta dos pais educadores em vários países do mundo. Ele disse: Essa é uma batalha contra os poderes celestiais, mas venceremos, pois Deus está do nosso lado!
Não estou escrevendo esse texto com a única esperança de que o candidato de nossa preferência venha a ganhar na próxima eleição. Não sabemos o que irá acontecer, o fim dessa história está nas mãos de Deus. Sim, podemos esperar fraudes, injustiças, violência, e contínuos ataques, pois a sagacidade do inimigo é grande. De fato, a nossa luta nao é contra carne e sangue, mas contra principados e potestades espirituais.
Seja o que acontecer, o meu objetivo com esse texto é abrir os olhos de vocês para as estratégias do inimigo que JÁ estão presentes na educação brasileira, e que sabemos que irão se intensificar, caso o inimigo ganhar. Estejam preparados:
Fiquem alertas contra leis que limitem a nossa liberdade religiosa e de culto.
Fiquem alertas e prontos a continuar lutando em prol da possibilidade de escolas particulares confessionais e da educação domiciliar;
Cuidado com os livros didáticos: não permitam que escolas cristãs ensinem temas que incentivem lutas de classes, ênfase exagerada nas minorias ou pautas anti-cristãs.
Busquem manter na escola ou nos lares o ensino da Palavra de Deus e da cosmovisão cristã aplicada à cada disciplina.
Incentivem uma educação de cunho mais liberal (clássico), que tem se provado um dos maiores inimigos do marxismo, formando alunos pensantes, críticos, literários, e estude história e geografia, política e filosofia com seus filhos.
Cuidado com currículos que enfatizam apenas matemática, ciência e tecnologia em detrimento da linguagem e da história mundial. Por outro lado, cuidado redobrado com o ensino de ideologias marxistas e anti-bíblicas nas disciplinas humanas e sociais.
Vejam com maus olhos e oponham-se a todo tipo de prática ou política governamental que separe os pais dos filhos, seja o incentivo às creches, à diminuição da idade para entrada na escola, escolas em tempo integral, aumento de horas-aulas por ano, atividades extra-curriculares e para o tempo livre, etc. Até como igrejas, lutem contra a departamentalização e atividades que separem desnecessáriamente os membros da família.
A Certeza da Vitória Final
Então, Mordecai saiu da presença do rei com veste real azul-celeste e branco, como também com grande coroa de ouro e manto de linho fino e púrpura; e a cidade de Susã exultou e se alegrou. Para os judeus houve felicidade, alegria, regozijo e honra.Também em toda província e em toda cidade aonde chegava a palavra do rei e a sua ordem, havia entre os judeus alegria e regozijo, banquetes e festas; e muitos, dos povos da terra, se fizeram judeus, porque o temor dos judeus tinha caído sobre eles.
Mordecai escreveu estas coisas e enviou cartas a todos os judeus que se achavam em todas as províncias do rei Assuero, aos de perto e aos de longe, ordenando-lhes que comemorassem o dia catorze do mês de adar e o dia quinze do mesmo, todos os anos, como os dias em que os judeus tiveram sossego dos seus inimigos, e o mês que se lhes mudou de tristeza em alegria, e de luto em dia de festa; para que os fizessem dias de banquetes e de alegria, e de mandarem porções dos banquetes uns aos outros, e dádivas aos pobres. Então, a rainha Ester, filha de Abiail, e o judeu Mordecai escreveram, com toda a autoridade, segunda vez, para confirmar a carta de Purim. Expediram cartas a todos os judeus, às cento e vinte e sete províncias do reino de Assuero, com palavras amigáveis e sinceras,
Quanto aos mais atos do seu poder e do seu valor e ao relatório completo da grandeza de Mordecai, a quem o rei exaltou, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis da Média e da Pérsia?
Pois o judeu Mordecai foi o segundo depois do rei Assuero, e grande para com os judeus, e estimado pela multidão de seus irmãos, tendo procurado o bem-estar do seu povo e trabalhado pela prosperidade de todo o povo da sua raça.
Vimos muitas semelhanças entre a história de Ester e a nossa situação educacional no Brasil. Mas não podemos afirmar que teremos o mesmo final. Se Deus vier a permitir essa “tragédia” (entre aspas porque para o crente não há tragédia, mas somente a boa e sábia providência de Deus) política, social e educacional em nosso país, quem sabe isso não é uma trombeta de Deus para preparar seu povo; quem sabe não é porque o FIM DA NOSSA HISTÓRIA está próximo. E sabemos que será precedido da maior perseguição cristã da história– Será o mundo inteiro contra o povo de Deus, sejam estes os cristãos ou os judeus. Então talvez seja o momento de ouvir as admoestações de Cristo de vigiarmos, de nos prepararmos para dias difíceis de perseguição, de fuga, de esconderijo, de morte. Talvez seja o momento de nos prepararmos para educar os nossos filhos para o martírio, como fez a Igreja Primitiva. Vamos dar a eles as ferramentas para defenderem a fé e anunciarem a Cristo por onde forem. Oremos que tenham a fé e a coragem de testemunhar fielmente diante de governantes e poderosos que, ou se converterão ou ficarão com tanta raiva de nós que sofreremos violentamente. Talvez seja a hora de prepararmos o coração para a segunda vinda de Cristo, e de nos consolar com olhos fitos no novo céu e na nova terra onde habitará justica.
Talvez ainda não seja o fim. Não sabemos. Haja o que houver, seja qual for o resultado, se quisermos festejar no final, devemos confiar no Senhor, refugiar-nos nele e ser fortes e corajosos para fazer o que estiver em nossas mãos. É hora de reunir o povo de Deus, seja em jejum e oração, seja por meio de cartas amigáveis e sinceras, seja por meio de celebrações de gratidão. Deus pode parar os nossos maiores inimigos quando e como quiser com facilidade. Pode ser pela conversão, como fez com o apóstolo Paulo e com o Imperador Constantino. Pode ser humilhando-os diante de todos, e destruindo-os na própria forca que armaram para nós, como fez no caso de Hamã, e fortalecendo ainda mais o poder e o futuro do seu povo. Difícil para Deus é conter o castigo e permitir que o seu povo querido sofra. Se isso vier a acontecer, Ele tem bons motivos e será para a promoção do seu reino. E nós sabemos que Deus está do nosso lado e nos sustentará. Ele irá nos prover e proteger a nós e a nossos filhos, seja da provação, na provação ou por meio dela, como disse Richard Baxter.
Gostaria de terminar, não mais com um olhar para a história passada, mas para aquilo que pode nos dar esperanca: as promessas permanentes do nosso Deus. Pela suas fiéis misericórdias não seremos consumidos, mas viveremos, e ainda festejaremos; talvez festejaremos aqui, daqui a algumas semanas, por breve tempo. Mas, se confiarmos e descansarmos no verdadeiro Messias, no Senhor Jesus Cristo que deu a sua vida por nós e por nossos filhos; que lutou contra o inimigo na cruz e foi vitorioso, e que promete ser refúgio seguro do seu povo; e se alinharmos a nossa agenda à sua agenda, então, certamente um dia comemoraremos a vitória final de Cristo sobre os seus e os nossos inimigos, e festejaremos os feitos do Senhor com gratidão e louvores na glória eterna.
Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar. Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo! Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus veem incessantemente a face de meu Pai celeste. […] Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles. (Mateus 18:6,7,10,19,20)
Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.”(II Crônicas 7:14)
Ah, se o meu povo me escutasse, se Israel andasse nos meus caminhos! Eu, de pronto, lhe abateria o inimigo e deitaria mão contra os seus adversários. Os que aborrecem ao Senhor se lhe submeteriam, e isto duraria para sempre. (Salmo 81:13-15)
No Senhor me refugio. Como dizeis, pois, à minha alma: Foge, como pássaro, para o teu monte? Porque eis aí os ímpios, armam o arco, dispõem a sua flecha na corda, para, às ocultas, dispararem contra os retos de coração. Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo? O Senhor está no seu santo templo; nos céus tem o Senhor o seu trono; os seus olhos estão atentos, as suas pálpebras sondam os filhos dos homens. … Porque o Senhor é justo, ele ama a justiça; os retos lhe contemplarão a face.
Digam, pois, os que temem o Senhor: Sim, a sua misericórdia dura para sempre. Em meio à tribulação, invoquei o Senhor, e o Senhor me ouviu e me deu folga. O Senhor está comigo; não temerei. Que me poderá fazer o homem? O Senhor está comigo entre os que me ajuda; por isso, verei cumprido o meu desejo nos que me odeiam. Melhor é buscar refúgio no Senhor do que confiar no homem. Melhor é buscar refúgio no Senhor do que confiar em príncipes. Todas as nações me cercaram, mas em nome do Senhor as destruí.” (Salmo 118: 4-10)
“Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens, em quem não há salvação. … Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, cuja esperança está no Senhor, seu Deus…. O Senhor reina para sempre; o teu Deus, ó Sião, reina de geração em geração. Aleluia! (Salmo 146:3,5,10)
